[REVIEW] - Marvel vs. Capcom Fighting Collection: Arcade Classics

3 mêses atrás • Via CoelhoNews.com: Seu agregador de notícias Nintendo

“Marvel vs. Capcom 2”, um dos jogos del uta mais lendários, está de volta, e não só está de volta, como está acompanhado da trajetória de jogos que levaram as duas empresas a colocar seus ícones pra lutar. Nós jogamos todos os 7 jogos da coletânea chamada “Marvel vs. Capcom Fighting Collection: Arcade Classics” e quero compartilhar com vocês sobre os jogos, e o que mais esse presente pros fãs de jogos de luta clássicos trouxe na coletânea em si, os extras que são sempre bem-vindos e em alguns casos, como esse, fazem toda a diferença.

Vamos começar falando do jogo que é o grande apelo da coletânea:

Marvel vs. Capcom 2 : New Age of Heroes - 2000
Esse jogo é a grande conclusão da história contada através da collection. Marvel vs. Capcom 2, é um dos jogos de luta competitivos mais aclamados de todos os tempos, e se tornou a referência nos jogos tag de trio, ou seja, você escolhe 3 personagens, e vai alternando entre eles ao longo da partida; diferente de um King of Fighters que é trio, mas um por vez.

O jogo continua maravilhoso, muito divertido mesmo pros dias de hoje, sem precisar da nostalgia pra ser jogado, então, você não precisa ser um fã dessa série, pra curtir ele atualmente.

Uma das novidades dessa coletânea que eu já quero adiantar, é que agora (opcionalmente) temos um botão pra ataques especiais, e um botão pra Supers, fica tipo Smash Brós, com cada especial no botão + uma direção, e isso torna o jogo muito mais acessível pra quem quer conhecer o jogo, mas também relembrar sem precisar treinar tanto até dominar a execução desses especiais, afinal, é um jogo muito nostálgico, tem muita gente que perdeu a prática e aí, ele não precisa “estudar” tanto pra se divertir. Mas fica tranquilo, gamer hardcore, essa opção não fica disponível nas partidas online ranqueadas.

Outra novidade da coletânea que é essencial já adiantar, é que TODOS os jogos tem seleção de dificuldade que vai do 0 até 8 estrelas. Pra vocês terem uma noção, no nosso teste, em 0 estrelas deu pra zerar o modo arcade sem perder nenhuma vez, aliás, quase que nenhum personagem sequer morreu; já no 8 estrelas, só deu pra ir até a segunda luta hahaha tá bem versátil, então, dá pra todo mundo jogar no 0 estrelas, e dá pra ter um dos maiores desafios da sua vida no 8 estrelas.

São 56 personagens no total, um dos maiores elencos de jogos de luta até então, e é um tesouro, pois tem desde os clássicos como Mega Man e Homem-Aranha, até o Jin do jogo Cyberbots (que tá na primeira Fighting Collection), ou a Marrow que é uma X-men que veio dos Morlocks. Em suma… jogaço, maravilhoso ter ele disponível nas plataformas atuais.

The Punisher - 1993

Foi aqui que tudo começou, a Capcom fez um beat’em up do Justiceiro, num jogo que dá pra jogar de 2, com o segundo jogador usando o Nick Fury, o que é bem dahora. Uma coisa legal desse jogo é que dá pra pegar armas de fogo e meio que mirar em todas as direções, vira meio que um light gun shooter, é bem dahora, e é uma pérola perdida resgatada, nunca que esse jogo seria relançado de outra forma. É bem curtinho, menos de uma hora você termina, e ele tem a opção de continues infinitos, ou, por ficha, então você pode tentar terminar ele “na raça”, mas é muito difícil, já fica o aviso

X-Men: Children of Atom - 1994
Um ano depois, a Capcom mandou “ah, já tamo fazendo um beat’em up, deixa a gente fazer um jogo de luta, vai”, e esse é o jogo de luta dos X-Men.

O jogo começa surpreendendo pois ele é realmente o tataravô do Marvel vs Capcom, tipo, tem ataque nesse jogo que foi mantido até o MvC2. Porém…. o fator curiosidade logo passa pois você começa a curtir ele: o jogo É BOM! Ele tem cenários interativos e até destrutíveis, incluindo o chão, é muito dahora. Esse jogo não tem só um valor histórico, não é só uma curiosidade, ele vale a pena por si só também.

São 10 personagens apenas, tendo ainda 2 chefes não jogáveis, e aí… secretamente, a Capcom fez a brincadeira dela e colocou como personagem secreto o Akuma!

Difícil voltar no tempo assim, mas provavelmente ali já começaram a imaginar os universos colidindo. Mas antes...

Marvel Super Heroes - 1995

Teve jogo do X-Men… “ohhh Marvel, já que fizemos jogo do X-Men, bora um jogo da Marvel como um todo, vai”

Esse jogo é interessante pois ele traz as jóias do infinito como mecânica. Você coleta no chão e com os adversários e pode ativar, por exemplo, “jóia do poder pra ficar mais forte”.

São 13 personagens, incluindo uma secreta, e 2 chefes desbloqueáveis.

X-Men vs. Street Fighter - 1996

E aqui finalmente aconteceu um declarado crossover. Mais do que isso, aqui começou a ideia de duplas com um auxiliando o outro e deixando o reserva recuperando HP, o que te incentiva a trocar constantemente, em vez de manter um por vez.

Esse jogo tem uma física muito boa, visuais muito bonitos, é um jogo também de destaque pois até então, ele era o grande ápice “wow, o crossover dos sonhos” haha mas mal sabiam o que esperava.

São 17 personagens, e é curioso que esse número ímpar é o Akuma que fica meio que escondido, como um tipo de referência ao X-Men Children of Atom haha Tem um décimo oitavo, mas que exige condições que não cumprimos, então, não sabemos se está no jogo (deve estar).

Marvel Super Heroes vs. Street Fighter - 1997

Bom, esses 2 jogos já são mais “estamos quase lá” em relação ao Marvel vs. Capcom 2.

No Super Heroes vs. Street Fighter, temos a adição dos ataques tags, a gente chama o segundo lutador, pra só dar uma aparecidinha com um ataque rápido, e voltar, e isso expande as possibilidades de combo. Os especiais desse jogo também são mais parecidos com Street Fighter no sentido de ser uma série de movimentos.

São 25 personagens, o que é um elenco bem grande, mas só 17 estão no base, os outros 8 são secretos. Já vou dar a dica de como liberar, tem que segurar + e apertar y nos seguintes personagens: blackheart,  omega red , Dhalsim , homem-aranha , Bison, Hulk e Akuma. Existe um truque pra liberar outro personagem após zerar e apertar + 6 vezes, mas mesmo a gente terminando, não deu pra verificar se funciona aqui, talvez pelo jogo não ter salvo o progresso.

Marvel vs. Capcom : Clash of Super Heroes - 1998

E aqui sim, finalmente temos o início da série com o nome que temos até hoje.

Esse jogo traz personagens de suporte, eles não são jogáveis, apenas podem ser invocados rapidamente pra dar um ataque, o problema é que esse suporte é aleatório.Também inclui ataques duplos, ou seja, a dupla atacando ao mesmo tempo.

São 21 personagens, sendo 6 deles secretos, mas aqui é só ir pra cima, baixo, ou lado da tela de seleção de personagens. Existe um sétimo secreto no jogo original após zerar o modo arcade, e, novamente, não conseguimos desbloquear no nosso teste; novamente, ele não deve ter salvo pois esses testes foram feitos depois de jogar e terminar os jogos.

A Coletânea como um todo, o que tem de conteúdo?

Além de trazer os jogos de volta, a coletânea traz novidades, além das já mencionadas 9 dificuldades pra todos os jogos, e a adição de um botão pra ataques especiais e um botão pra Supers.

Online

Eu sei que é algo essencial pra muitos se decidirem pelo jogo. Como era um acesso antecipado, não deu pra testar partidas ranqueadas ou casuais, o que deu pra fazer é criar uma sala e conectar o jogo em 2 Switchs na mesma casa usando o compartilhamento de conta. Nesse teste, dividindo o mesmo wifi, foi lindo, maravilhoso, parecia jogo local.

Ele tem rollback netcode, então, mesmo que não seja nessa qualidade quando você achar o Justin Wong online, provavelmente será muito bom. De qualquer forma, quando o jogo sair, vamos testar o online e adicionar um comentário fixado.

Também existe uma opção pra competir por rankings no modo arcade dos jogos, mas novamente, não deu pra testar.

Modo Treino

Adicionado à todos os jogos de luta, aqui você pode praticar antes de colocar a mão na massa. Eles adicionaram várias opções como mostrar os comandos no canto da tela, deixar visível as áreas de acerto (os chamados hit boxes), além de instruções pra CPU (ficar parado, defender após o fim do combo, etc). Tudo customizável num menuzinho próprio.

É basicamente um modo training atual, pra 6 jogos clássicos. 

Uma coisa legal é que esse modo é o melhor pra testar novos personagens, ou mesmo escolher seu primeiro time ao jogar, já que o modo arcade, mesmo no 0 estrelas, a CPU não te deixa testar, e trocar de personagem é trabalhoso, já aqui é rapidinho, então…comecem no treino antes de ir pro jogo, essa é a dica.

Cards Originais

Seja pela nostalgia ou curiosidade, podemos ver os cards originais dos jogos com os detalhes do jogo e personagens. Caso você não goste de visualizar os especiais por um papel, tem a opção de ver os comandos num menu separadamente.

Filtros e qualidades de imagem

Além da imagem “pura”, podemos escolher entre nada menos que 8 filtros de imagem, desde simulação de tela de arcade, TVs de tubo, e outros.

Também podemos ajustar como queremos o jogo na tela, se em tela cheia, mais próximo do original, tamanho reduzido etc

Além de wallpapers nos cantos, tem umas 4 opções por jogo, ou nada (só preto mesmo), enfim. Dá pra deixar a imagem como você bem quiser.

Save State…não tão bem aplicado…

Sim, tem save state, pra você voltar na batalha perdida sem gastar o continue. Ou simplesmente porque você precisa fechar o jogo e não quer perder o progresso.

Porém… isso aqui deixou a desejar. Porque esse save state, não grava tanto o exato momento, que você salvou, e aconteceu algo que, ou ele não funcionou direito, ou.. ele funcionou e foi mal feito: Ao retornar no save state, o jogo voltou pra uma luta atrás, pois o salvamento foi feito antes de entrar na luta seguinte, e daí ele pegou do começo da luta anterior… what?

Pior que isso, você tem UM slot de save…. pra TODOS os jogos. Então, se você precisar salvar jogo X, mas tiver com o salvamento no jogo Y, você vai precisar trocar e perder seu save state. Era bom ser igual no Switch Online, uns 4, 5 slots e pra cada jogo.

Conquistas

Sim, eles adicionaram conquistas na coletânea. Não são muitas, tem de 4 a 6 por jogo, mais ou menos, e algumas pra coletânea toda. Isso foi mais ou menos bem implementado.

Por um lado, é muito bom ter, adiciona mais objetivos pro jogador singleplayer, mas, não são muitas, são simples (só zerando um arcade de cada jogo, já deu pra fazer praticamente metade) porém, tem uma conquista que dá mais trabalho que todas as outras juntas, que é a “termine todos os jogos com todos os personagens”, o que pode se tornar muito repetitivo, já que os jogos são parecidos e com elenco também parecido, então, imagina você lá zerando com o Ciclope pela quinta vez no quinto jogo… enfim, essa conquista vai dar muito trabalho, boa sorte.

Museu

Como de costume, temos o museu com galeria de artes e música. Básico, mas, tem que ter, não tem jeito.

Outros

O jogo tem português
(não nos jogos, mas, nos menus)
Diversas opções nas configurações. Dá pra configurar até o input delay online
Podemos escolher a versão japonesa dos jogos (e isso inclui os cards originais).

CONCLUSÃO

A coletânea de Marvel X Capcom é mais do que um relançamento importante com uns jogos de brinde pra fazer volume. Todos os jogos contam um pedaço da história, e não se surpreenda se você por algum motivo se apegar mais a algum deles até mais do que o Marvel vs. Capcom 2.

Se você jogava fighting games nos anos 90 e 2.000, pode saber que mesmo parecendo um monte de jogo igual, quando você ver a cut scene de abertura, quando você ver os menus de personagens…vai bater a nostalgia, vai bater o “hum…eu lembro disso aqui, ein”.

O trabalho da coletânea foi muito bem feito, o jogo tem quase tudo que você quer e quase sempre do jeito que você quer, uma coisa ou outra como os save states poderiam ser melhor, e o jogo poderia também ajudar na questão dos personagens secretos. Mas no que importa, treino, online, configurações de imagem… tá tudo aqui.

Essa é sem dúvida uma das melhores, se não A melhor coletânea de jogos de luta ou jogo clássico com novas features. Foi um ótimo trabalho digno do que o peso desses clássicos pediam.

A nota técnica é 9,0. E a tierlist de recomendação geral é A+, escapando do S pelo, infelizmente, alto valor do jogo, além, claro, da falta do Marvel vs. Capcom 3 que segue indisponível no Nintendo Switch.

©️ 2024 MARVEL ©️CAPCOM


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